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Não Abra Sua Clínica sem Ler Isso: O Guia Definitivo para a Legalização


Não Abra Sua Clínica sem Ler Isso: O Guia Definitivo para a Legalização

Guia Completo para a Licenças e Alvarás Para Abrir Clinica ou consultórioda Sua Clínica: Passos Essenciais para Evitar Multas e Garantir o Sucesso


Abrir uma clínica de saúde, seja médica, odontológica ou multidisciplinar, exige mais do que planejamento financeiro e estrutura física. A legalização da clínica é um passo fundamental que envolve uma série de processos burocráticos e regulatórios. Ignorar ou atrasar essas etapas pode não apenas acarretar multas e penalidades, mas também comprometer a operação do negócio.


Neste guia definitivo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre a legalização de uma clínica, com informações práticas e detalhadas para assegurar que sua clínica esteja em conformidade com as leis e regulamentos vigentes.


1. Escolha do Regime Jurídico


O primeiro passo para a legalização da sua clínica é definir o regime jurídico da empresa. No Brasil, você tem várias opções, como:


  • MEI (Microempreendedor Individual): Adequado para profissionais de saúde que querem atuar de forma autônoma, mas limitado em termos de faturamento e contratação de funcionários.

  • EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada): Permite que um único proprietário abra uma empresa sem comprometer seus bens pessoais em caso de dívidas.

  • Sociedade Limitada (LTDA): Ideal para quando há mais de um sócio. Esse modelo permite que as responsabilidades sejam divididas entre os sócios, com limitações quanto aos bens pessoais.

  • Simples Nacional: Um regime tributário que simplifica o recolhimento de impostos, sendo amplamente utilizado por clínicas de pequeno e médio porte.


A escolha do regime jurídico impacta diretamente nos impostos e na burocracia que a clínica terá de enfrentar. Por isso, é essencial contar com a orientação de um contador para optar pelo modelo que melhor se adapta à sua realidade.


2. Registro no Conselho Profissional


Seja você um médico, dentista, fisioterapeuta ou qualquer outro profissional da área de saúde, é obrigatório que a clínica seja registrada no respectivo conselho profissional:


  • CRM (Conselho Regional de Medicina), para clínicas médicas.

  • CRO (Conselho Regional de Odontologia), para clínicas odontológicas.

  • CREFITO (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), para clínicas de fisioterapia.


Esses conselhos regulam o exercício da profissão e são responsáveis pela fiscalização do cumprimento de normas técnicas e éticas. Para registrar a clínica, será necessário apresentar uma série de documentos que comprovem a qualificação dos profissionais e a adequação das instalações.


3. Alvará de Funcionamento


O Alvará de Funcionamento é um documento emitido pela prefeitura que autoriza a abertura e operação do estabelecimento. Para obtê-lo, a clínica deve atender a uma série de exigências municipais que envolvem:


  • Adequação do imóvel: Verificar se o local escolhido para a clínica está de acordo com o zoneamento urbano da cidade. Algumas áreas são restritas para atividades de saúde.

  • Projeto arquitetônico: A clínica deve seguir normas da vigilância sanitária e da prefeitura quanto à acessibilidade, segurança e higiene. Em alguns casos, será necessário a aprovação do projeto pela prefeitura antes do início das obras.


É importante lembrar que a emissão do alvará pode demorar algumas semanas, então é essencial incluir essa etapa no planejamento inicial.


4. Vigilância Sanitária


O registro na Vigilância Sanitária é outra exigência indispensável para a legalização de clínicas de saúde. Esse órgão garante que o estabelecimento segue normas de saúde pública, como:


  • Limpeza e esterilização de equipamentos: A clínica deve contar com uma área adequada para a esterilização de materiais e um protocolo rigoroso de limpeza, especialmente em clínicas odontológicas e médicas.

  • Armazenamento de medicamentos: Medicamentos devem ser armazenados em condições adequadas, respeitando temperaturas específicas e prazos de validade.

  • Segurança dos pacientes: Instalações, equipamentos e mobiliário devem estar de acordo com as normas de segurança estabelecidas pela vigilância sanitária para garantir o bem-estar dos pacientes.


Para o registro, será necessário apresentar uma série de documentos e permitir a inspeção da vigilância sanitária no local.


5. Licença do Corpo de Bombeiros


Toda clínica deve contar com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), um documento que atesta que o estabelecimento segue todas as normas de segurança contra incêndios. Entre as exigências estão:


  • Instalação de extintores: Devem estar posicionados de acordo com o tamanho e o tipo de atividade da clínica.

  • Saídas de emergência: É fundamental que a clínica tenha saídas de emergência bem sinalizadas e de fácil acesso para evacuação rápida em caso de sinistro.

  • Iluminação de emergência: A instalação de luzes de emergência é obrigatória para garantir visibilidade em caso de apagões ou incêndios.


O AVCB é obrigatório para que a clínica obtenha o alvará de funcionamento.


6. Cadastro na Receita Federal e Estadual


A clínica deve ser registrada como pessoa jurídica na Receita Federal, com a obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). O CNPJ é o que formaliza a empresa perante o governo federal, permitindo a emissão de notas fiscais, o recolhimento de tributos e a contratação de funcionários.


Além disso, algumas clínicas, dependendo do tipo de serviço prestado, também precisam se cadastrar na Secretaria da Fazenda do Estado, para o recolhimento de impostos estaduais, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).


7. Contratação de Funcionários e Obrigações Trabalhistas


Caso sua clínica pretenda contratar funcionários, é obrigatório que esteja registrada no Ministério do Trabalho. Isso garante que todos os colaboradores terão seus direitos trabalhistas assegurados, como:


  • Registro em carteira de trabalho.

  • Contribuição ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

  • Recolhimento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).


Além disso, é fundamental que a clínica siga todas as normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e respeite os direitos dos funcionários, evitando futuras complicações jurídicas.


8. Certificação Digital


A certificação digital é um requisito cada vez mais comum, especialmente para clínicas que emitem notas fiscais eletrônicas ou que desejam realizar contratos e documentos de forma digital. Com a certificação digital, o gestor da clínica pode assinar documentos e realizar transações com segurança jurídica e validade perante a legislação.


9. Documentação Completa e Atualizada


Por fim, é essencial que toda a documentação da clínica, como licenças, registros e certificados, esteja sempre atualizada. Muitas dessas licenças têm validade de um ano e precisam ser renovadas regularmente. Manter a documentação em dia é uma forma de evitar problemas com órgãos reguladores e garantir o bom funcionamento da clínica.


Conclusão


A legalização de uma clínica é um processo complexo e detalhado, mas fundamental para o sucesso do empreendimento. Ao seguir todas as etapas e garantir que o estabelecimento esteja em conformidade com as leis, você não apenas evita problemas futuros, como também cria uma base sólida para o crescimento da clínica. Consultar profissionais especializados, como advogados, contadores e arquitetos, pode ser essencial para navegar por esse processo com segurança e eficiência.


Antes de abrir as portas, certifique-se de que todos os documentos, registros e licenças estejam prontos, garantindo uma operação tranquila e dentro das normas.


Para mais informações sobre nosso trabalho e como podemos ajudar sua clínica ou consultório, entre em contato!



Senior Consultoria em Gestão e Marketing

Referência em gestão de empresas do setor de saúde

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