Custo do Serviço Vendido: O Ponto de Partida para Preços Justos e Lucro Sustentável na Saúde
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Entenda como o cálculo do CSV interfere diretamente na formação de preços e na lucratividade de clínicas e hospitais, e por que a precificação sem controle de custos pode comprometer a sustentabilidade financeira do seu negócio de saúde.
O que é o CSV e por que ele deve ser o foco da sua atenção financeira
O Custo do Serviço Vendido (CSV) representa todos os custos diretos envolvidos na prestação de um serviço. Em clínicas e hospitais, isso inclui desde materiais utilizados em um procedimento até o tempo da equipe técnica e os insumos aplicados. É o "preço de custo" real para entregar um atendimento de qualidade.
Muitos gestores ainda cometem o erro de precificar procedimentos com base no que o concorrente cobra ou em margens arbitrárias. Isso ignora um ponto essencial: cada estrutura de clínica é única, e o custo para realizar um serviço pode variar significativamente entre empresas de saúde. Quando o CSV não é considerado, o risco de operar com margens negativas aumenta — e muito.
A relação direta entre CSV, precificação e margem de lucro
A equação é simples:
Preço de venda = CSV + despesas fixas + margem de lucro desejada.
Se o gestor não conhece seu CSV, todo o cálculo de precificação se torna uma estimativa imprecisa. O preço pode ficar abaixo do necessário para cobrir os custos ou alto demais, perdendo competitividade.
Exemplo prático:Uma clínica odontológica realiza clareamento dental por R$ 600. No entanto, ao calcular o CSV (kits de clareamento, EPIs, hora clínica da dentista, custo do consultório), o gestor descobre que o custo direto é de R$ 320. Se a clínica não incluir esse valor como base e ainda considerar seus custos fixos e margem desejada, pode estar lucrando menos do que imagina — ou até operando no prejuízo.
Quando o preço “errado” compromete o caixa e a saúde do negócio
Ao negligenciar o CSV, muitos gestores caem na armadilha da "precificação emocional" ou da guerra de preços com concorrentes. Isso pode até trazer volume, mas sem rentabilidade.
A longo prazo, não sustenta folha de pagamento, impostos, reposição de insumos e reinvestimentos.
Além disso, quando a margem líquida não é monitorada, fica difícil tomar decisões importantes, como ampliar a equipe, investir em novos equipamentos ou até mesmo abrir outra unidade. O controle do CSV se torna, portanto, uma bússola para o crescimento estruturado.
Como aplicar o controle de CSV na prática
Para que o CSV seja um instrumento real de gestão, é preciso adotar uma rotina técnica e contínua:
Mapeie os procedimentos oferecidos: liste todos os serviços e divida por tipo e complexidade.
Identifique os custos diretos: tempo dos profissionais, uso de materiais, equipamentos, EPIs e outros insumos.
Utilize planilhas ou sistemas de gestão: ferramentas como ERPs especializados em saúde ajudam a integrar custos, faturamento e margem em tempo real.
Revise os preços periodicamente: custos de materiais e mão de obra variam com o tempo. É preciso reavaliar periodicamente para manter margens saudáveis.
Treine a equipe de apoio e financeira: todos devem compreender a importância do controle de custos e como isso impacta os resultados.
CSV como base de decisões estratégicas
Ao conhecer o CSV de cada procedimento, o gestor pode:
Criar pacotes com margens otimizadas;
Negociar com operadoras de saúde com base em dados reais;
Identificar serviços com baixa lucratividade e reestruturá-los ou descontinuá-los;
Avaliar se vale mais a pena terceirizar ou internalizar algum tipo de atendimento.
Exemplo de decisão estratégica:Um hospital que identificou alto CSV em cirurgias ortopédicas por conta de materiais importados criou uma parceria com fornecedores locais. Resultado: redução de 18% no custo do procedimento, aumento de competitividade e margem ampliada em 12%.
Dica prática
Revise mensalmente os cinco procedimentos mais realizados na sua clínica ou hospital. Calcule o CSV atualizado e verifique se o preço praticado está alinhado com a margem desejada. Pequenos ajustes recorrentes evitam grandes prejuízos futuros.
Conclusão
Controlar o CSV não é apenas uma questão contábil, mas uma decisão estratégica que impacta toda a estrutura de precificação, rentabilidade e expansão das clínicas e hospitais. Ignorar esse dado é abrir mão do controle financeiro. Adotar um modelo de gestão baseado em dados e revisões constantes do CSV é o caminho para precificar com inteligência e crescer com segurança.
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