
Descubra as melhores estratégias para vender procedimentos estéticos parcelados sem comprometer a saúde financeira da sua clínica
Como Parcelar Procedimentos Estéticos de Forma Segura e Reduzir o Risco de Inadimplência
Vender procedimentos estéticos de forma parcelada pode ser uma estratégia eficaz para aumentar o faturamento e tornar os tratamentos mais acessíveis para os pacientes. No entanto, para minimizar o risco de inadimplência e garantir a previsibilidade financeira, é fundamental estruturar bem o processo de pagamento. A seguir, apresentamos as principais formas de parcelamento e estratégias para reduzir as chances de calote.
Parcelamento no cartão de crédito (direto ou por plataforma de pagamento)
O paciente pode parcelar o valor total no cartão de crédito em até 12 ou 24 vezes, dependendo do limite disponível. A clínica pode receber o valor à vista por meio de uma operadora financeira, com desconto de taxa, ou mensalmente, sem desconto.
As principais vantagens desse método são o pagamento garantido pela operadora de cartão, a redução do risco de inadimplência e a maior flexibilidade para o paciente. No entanto, taxas de antecipação de recebíveis ou taxas de parcelamento podem reduzir a margem de lucro.
Para minimizar o risco de calote, a clínica pode trabalhar com maquininhas que ofereçam antecipação de recebíveis com taxas competitivas e definir um valor mínimo para parcelamento para evitar custos elevados com taxas.
Financiamento por fintechs especializadas em saúde
O paciente solicita o financiamento diretamente em uma plataforma ou aplicativo. A fintech faz a análise de crédito e, se aprovado, a clínica recebe o valor à vista. O paciente paga as parcelas diretamente para a fintech.
Entre as vantagens estão o recebimento imediato do valor total, o parcelamento em até 36 meses e o fato de que a fintech assume o risco da operação. Por outro lado, os juros cobrados pelo financiamento podem ser elevados para o paciente, e a rejeição de crédito pode ser um obstáculo.
Para reduzir o risco de inadimplência, a clínica deve oferecer diferentes opções de financiamento para o paciente e negociar taxas mais competitivas com a fintech.
Parcelamento via boleto bancário (com garantia de recebimento)
O paciente assina um contrato e a clínica emite boletos mensais, que podem ser gerados diretamente por um banco ou por plataformas como Gerencianet ou Asaas.
Essa opção facilita o pagamento para o paciente e permite o acompanhamento da cobrança. No entanto, o risco de inadimplência é maior em comparação ao cartão de crédito.
Para minimizar o calote, é recomendável exigir um valor de entrada como sinal de compromisso, firmar um contrato formal com previsão de juros e multa por atraso e utilizar plataformas com sistema de cobrança automática.
Parcelamento por débito em conta
O paciente autoriza o débito automático diretamente na conta bancária. O valor é debitado mensalmente até a quitação total.
Esse método oferece facilidade para o paciente e previsibilidade para a clínica, reduzindo o risco de esquecimento do pagamento. Entretanto, há risco de insuficiência de saldo na conta do paciente.
Para reduzir o risco de inadimplência, é recomendável exigir um valor de entrada, associar o débito automático a uma análise de crédito inicial e incluir cláusula contratual com penalidades em caso de cancelamento.
Venda de pacote fechado com desconto por pagamento antecipado
A clínica oferece um pacote de tratamentos com valor atrativo em troca de pagamento antecipado ou parcelamento com desconto.
Essa estratégia permite à clínica receber o valor integral antes de realizar o tratamento, fidelizando o paciente para tratamentos futuros. Entretanto, alguns pacientes podem não ter disponibilidade financeira para pagar à vista.
Para reduzir o risco de inadimplência, a clínica pode oferecer desconto atraente apenas para pagamento antecipado e permitir a divisão do valor em até duas ou três parcelas sem juros.
Utilização de plataformas de pagamento recorrente
O paciente insere os dados de cartão de crédito ou débito na plataforma. O valor é cobrado automaticamente a cada período (mensal, quinzenal ou semanal).
Esse método oferece facilidade para o paciente e para a clínica e reduz o risco de inadimplência por cobrança automática. No entanto, há risco de o paciente cancelar o pagamento recorrente sem aviso prévio.
Para reduzir o risco de calote, é recomendável exigir um contrato com autorização expressa para débito recorrente e aplicar penalidades em caso de cancelamento sem aviso prévio.
Financiamento direto pela clínica (com contrato formal e cheque ou nota promissória)
A própria clínica oferece o parcelamento sem envolver terceiros. O paciente assina um contrato e entrega cheques pré-datados ou uma nota promissória.
Essa opção oferece controle total sobre o processo e a possibilidade de personalizar o parcelamento conforme o perfil do paciente. Entretanto, o risco de calote é maior, e o custo de recuperação de crédito pode ser elevado.
Para minimizar o calote, a clínica deve realizar uma análise financeira inicial do paciente, exigir um valor de entrada e inserir cláusula contratual com multa e juros por inadimplência.
Consórcio para tratamentos estéticos
O paciente participa de um consórcio específico para procedimentos estéticos. Quando contemplado, o valor é liberado para o pagamento da clínica.
Essa estratégia oferece segurança para a clínica e planejamento para o paciente. Contudo, o tempo de espera para a liberação do crédito e a possível desistência do consórcio pelo paciente são desvantagens a serem consideradas.
Para reduzir o risco de inadimplência, a clínica pode orientar o paciente sobre o funcionamento e os riscos do consórcio e firmar um contrato com multa em caso de desistência.
Recomendações Gerais para Minimizar o Calote
Para reduzir o risco de inadimplência, a clínica deve sempre firmar um contrato claro com todas as condições de pagamento, penalidades e prazos. É recomendável exigir uma entrada mínima de 20% a 30% para garantir o compromisso do paciente.
A clínica deve trabalhar com plataformas seguras e com histórico de confiabilidade, fazer uma análise de crédito antes de aprovar financiamentos internos e garantir sigilo e proteção dos dados financeiros do paciente.
Essas estratégias permitem que a clínica ofereça flexibilidade de pagamento sem comprometer a saúde financeira do negócio.
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