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5 fatores que podem desequilibrar o fluxo de caixa da sua clínica


Gestão financeira para clínicas

Apesar da pouca ênfase dada nos cursos de medicina, odontologia e demais áreas da saúde aos aspectos gerenciais, administrativos, de marketing e financeiros, todo profissional de saúde sabe que é muito importante cuidar da gestão financeira da sua clínica.

Existem alguns fatores que podem desequilibrar o fluxo de caixa e bagunçar o gerenciamento financeiro da sua clínica.

A boa notícia é que é possível tratar cada um desses desequilíbrios e tornar sua clínica saudável financeiramente.

Acompanhe os 5 fatores que podem desequilibrar o fluxo de caixa da sua clínica e o que fazer caso a caso:

01 - Não acompanhar o fluxo de caixa permanentemente

A falta de monitoramento diário das contas a pagar e a receber é o principal causador de desequilíbrio financeiro nas clínicas médicas e odontológicas.

Boas decisões financeiras, como por exemplo, fazer a aquisição de um novo equipamento, cortar custos, passar a oferecer um novo tipo de serviço na clínica entre tantas outras decisões, precisam ser tomadas baseadas em números.

Somente fazendo o acompanhamento diário das entradas e saídas de recursos na sua clínica é possível manter o controle gerencial das suas finanças e com isso prever, através do chamado fluxo de caixa projetado, se a clínica vai ter dinheiro no curto, médio e longo prazo.

02 - Desequilíbrio entre entradas e saídas

Quando na sua clínica você gasta mais do que ganha o resultado é negativo. Algo simples de entender, mas difícil de praticar.

É que boa parte dos profissionais de saúde ainda confunde conceitos como gastos, despesas, custos, receitas e provisionamentos.

É fundamental entender todos os custos do seu negócio, acompanhar os ganhos de cada consulta, cada tratamento oferecido e quais as margens estão sendo deixadas para cobrir os custos fixos.

Um grande erro é fazer retiradas pessoais acima da capacidade financeira da clínica para sustentar um estilo de vida pessoal dos proprietários que a clínica via de regra não consegue sustentar.

Veja, para todo saída (gasto, despesa, investimento) é preciso a contrapartida (receita, entrada). Se não houver uma fonte de receita bem identificada o desembolso não deve ser realizado, seja ele uma melhoria na clínica, a compra de um equipamento ou mesmo a inscrição em curso de aperfeiçoamento.

03 - Vendas abaixo do planejado

O fluxo de caixa sempre deve ser adaptado a realidade de vendas da sua clínica. Se por algum motivo o número de pacientes caiu em determinado momento, é preciso ajustar a realidade das contas a pagar ao fluxo de caixa.

Fazer um ajuste de caixa em momentos de crise e baixa demanda é fundamental porque dá folego para sua empresa pensar em estratégias de vendas com calma para dar a volta por cima e voltar a vender mais.

Apenas tome cuidado para não confundir nesse momento e cortar atividades que contribuem para gerar vendas com atividades que geram custos.

Frequentemente vemos o profissional de saúde cortar investimentos em publicidade e propaganda para sua clínica em momentos de desaquecimento da demanda, contribuindo ainda mais para que as vendas dos seus serviços diminuam, gerando um ciclo negativo.

Corte custos e despesas acessórias mas nunca, ou sempre que possível menos, atividades que contribuem para a geração de mais negócios, como marketing, publicidade e propaganda.

04 - Copiar os preços do vizinho

Um dos erros mais comuns em gestão financeira de clínicas médicas e odontológicas é a mania ou ignorância de copiar os preços praticados pelo mercado.

Veja, o mercado define a média de preços geralmente praticado em determinado setor. Mas em todo setor existe um teto e uma base.

Você tem que entender como gestor da sua clínica que precisa buscar o preço ótimo dos seus serviços.

O preço ótimo é aquele que é aceito pelo seu público-alvo (mercado), cobre todos os seus custos e retorna o seu investimento gerando lucro.

Esse é um tema complexo e merece várias reflexões. De fato, temos vários artigos falando sobre precificação de serviços para medicina e odontologia aqui no nosso blog.

Para fins imediatos desse artigo, o que interessa saber é que você precisa conhecer seus custos, seus diferenciais, ter suas metas financeiras, prazos de retornos e margens para somente então calcular seus custos.

Nunca siga os preços do mercado cegamente. Cada clínica tem seus custos, suas despesas e expectativas de lucratividade, que podem ser bem diferentes das suas. Muito cuidado!

05 - Pensar que o dinheiro da clínica é todo seu

Se você é sócio-proprietário de uma clínica médica ou odontológica precisar pensar que antes de retirar R$ 1,00 dos rendimentos gerados pela sua clínica precisará pagar outros interessados antes, a saber:

A - O governo

B - Seus funcionários

C - Seus fornecedores

Somente depois de quitadas todas as obrigações, se sobrar alguma coisa, então, parte do que sobrou será seu, pois você deveria fazer uma reserva financeira mensal para momentos de emergência na sua clínica.

Nada desequilibra mais uma clínica do que sócios gananciosos que pensam mais em si mesmos do que no desenvolvimento e perenidade do seu negócio.

Conclusão

Tenha sempre em mente que nenhum clínica se sustenta no longo prazo sem uma boa gestão financeira.

É preciso dominar os conceitos mínimos de fluxo de caixa, despesas, receitas, custos, margens de lucro, retorno do investimento, etc.

Se você precisa de ajuda para colocar as finanças da sua clínica em ordem, entre em contato e fale com um de nossos consultores!


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